[Resenha] O homem mais rico da Babilônia


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Best-Seller com mais de 1.500.000 cópias vendidas, o Homem mais Rico da Babilônia foi escrito pelo americano George Clason há quase 100 anos, ou mais precisamente, em 1920. Trata-se de um livro sucinto e didático, ideal para aqueles que estão começando a se aprofundar nos conceitos de finanças pessoais.

A história da Babilônia

Para quem não está familiarizado com a história bíblica, a Babilônia foi um dos mais prósperos e importantes centros urbanos de toda a Antiguidade. Seu próprio nome evoca visões de riqueza e esplendor. Seus tesouros de ouro e joias eram fabulosos.

Inclusive, toda essa luxúria que ambientava a cidade pode ser vista no Museu de Pérgamo em Berlim, na Alemanha, onde algumas de suas construções, obras e estátuas foram reconstruídas e estão em exposição aberta ao público visitante.

Feito a introdução, vamos logo ao que interessa.

O Livro

A narrativa começa quando dois personagens, depois de muito tempo de trabalho sem conseguir acumular posses, decidem que finalmente é chegado a hora de buscar conhecimento externo para que assim, quem sabe, obterem alguma riqueza.

Movidos por essa necessidade, eles partem em busca do homem mais rico da babilônia, Arkad, que inclusive foi um grande amigo de infância.

Esse é o primeiro ponto que começa a nos chamar a atenção, já que todos eles começaram juntos, brincavam juntos, eram da mesma classe social, porém, na memória deles, eles não se lembravam de ver o Arkad trabalhando mais duro que os demais.

Então qual que era o segredo de sua riqueza? O que ele fazia de diferente?

Esse é justamente o ponto de discussão do livro. Todos os ensinamentos a seguir são detalhados em histórias de vida do próprio Arkad para responder a essas perguntas.

Os ensinamentos do Homem mais rico da Babilônia

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De cada dez moedas que ganhar, gaste apenas nove: O autor alerta que o que chamamos de “despesas necessárias” sempre crescerá para se tornar-se igual a nossos rendimentos, a menos que façamos alguma coisa para inverter essa tendência.

Ou seja, pessoas que ganham, digamos, dez mil por mês, possuem “despesas necessárias” que representam a mesma porcentagem de quem ganha mil por mês. Por exemplo, quando ganhamos mais, gastamos mais: compramos um carro melhor, um apartamento novo, mudamos a marca da cerveja, das roupas, e assim vai. Isso não é necessidade! É desejo, e pode, ou melhor, deve ser controlado.

Faça o orçamento de seus gastos para dar conta de suas necessidades, alguns prazeres e mesmo assim poupar 10%: No momento, qual pode ser o seu maior anseio? A satisfação dos desejos de cada dia, como uma joia, melhores roupas ou mais comida? Coisas que rapidamente se vão e são esquecidas?

Ou, pelo contrário, você sonha com bens mais estáveis – ouro, terras, rebanhos, mercadorias -, investimentos que trazem bons lucros?

Pois saiba que o dinheiro que você usará no dia a dia irã conceder aqueles primeiros desejos. O que você guarda, os segundos.

Faça o dinheiro multiplicar: aplique em atividades que tragam lucro ou rendimentos: A riqueza de um homem não se acha na bolsa que ele carrega. Uma bolsa gorda fica logo vazia se não houver um constante fluxo de ouro. Rendimentos constantes, essa sim é a verdadeira questão do enriquecimento.

Proteja seu tesouro contra a perda: antes de emprestá-lo a quem quer que seja, certifique-se da capacidade do beneficiário em devolvê-lo e de sua reputação como bom pagador, para que não estejam, inadvertidamente, fazendo um presente de algo tão arduamente conquistado.

Seja dono de sua própria casa: essa dica é bastante discutível, já que importantes consultores financeiros recomendam cuidado ao ter a sua casa própria. Entretanto, como esse texto se trata de um resumo fiel a obra, vamos lá:

Muitas bênçãos recaem sobre o homem que tem sua própria casa. O coração de sua família se sentirá mais feliz, porque estarão legitimamente na posse de um bem estável e valioso, cuja única despesa serão os impostos reais. Isso permitirá que uma parte maior de seus ganhos seja destinada aos prazeres e à satisfação dos desejos.

Cuide de sua velhice e de sua família fazendo planos de proteção financeira para o futuro: Cabe a todo homem providenciar uma renda condizente para os dias futuros, quando ele não for mais jovem, e providenciar que a família não fique na penúria, quando já não puder contar com ele para o conforto e sustento. Além disso, uma carência de fundos para um homem que já não se acha em condições de ganhar dinheiro ou para uma família sem seu líder é uma dolorosa tragédia.

Consulte homens experimentados: Conselho é uma coisa que se dá de graça, mas deve guardar consigo apenas o que lhe parece valioso. Aquele que aceita conselhos sobre suas economias de pessoas inexperientes em tais matérias pagará com essas mesmas economias para provar a falsidade da opinião dos outros.

Quanto mais conhecimentos adquirirmos, mais poder ganharemos: o que acontece com os homens que ignoram a sabedoria e devoram o ouro? No dia seguinte, tornam-se bebês chorões porque não têm mais ouro. Ou seja, o homem que busca aprender sempre mais sobre sua profissão será ricamente recompensado.

Os homens de ação são favorecidos pela deusa da boa sorte: o sujeito que não se atira quando as oportunidades se apresentam não passa de um procrastinador. Este sempre hesita, acha que deve esperar uma ocasião melhor, o tempo passando. Como pode ser bem-sucedido um homem que age assim?

É melhor uma pequena cautela do que um grande remorso:  se quiser ajudar a família e amigos, busque outros meios que não o de arriscar a perde de seu tesouro. Se estes lhe pedem dinheiro para propósitos que lhes tragam de volta o dinheiro, sim; mas, se pedem por causa de suas imprudências, é preciso ter cuidado, pois você pode acabar ficando sem o seu dinheiro.

O azar persegue todo homem que pensa mais em pedir emprestado do que em pagar: se deixar que os anos passem sem fazer qualquer esforço para pagar, então você tem a desprezível alma de um escravo. O mesmo pode ser dito do homem que não respeita a si mesmo, e ninguém pode respeitar a si mesmo se não paga honestamente suas dívidas.

Como eu havia dito, um livro simples e prático, recomendado para todos aqueles que estão em busca de conhecimentos de finanças pessoais.


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Sobre Diego Andreasi 427 Artigos
Direto do interior de São Paulo. Já trabalhei como gestor nas áreas de tecnologia e indústria, e hoje sou gerente de uma Incubadora Tecnológica, além de Professor de disciplinas ligadas a Administração. Viciado em livros e torcedor do São Paulo Futebol Clube, há 10 anos criei a marca Jovem Administrador, e desde então venho tentando trazer mais informações aos Administradores, seja escrevendo textos ou divulgando outros materiais sobre nossa profissão. Em 2015, escrevi o meu primeiro livro "O Manifesto de um Jovem Administrador", que já está em sua 2º edição, tendo vendido quase 2 mil exemplares.

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